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28-JUL-2015

Eusébio realiza VII Conferência Municipal de Saúde

28/07/2015 #administração

Com um orçamento de cerca de R$ 40 milhões, por ano, o que representa 24% do orçamento total da Prefeitura Municipal de Eusébio, e um sistema completo, que vai da atenção básica à atenção secundária, o Sistema Público de Saúde do Eusébio foi o tema principal da VII Conferência Municipal de Saúde. Realizada nessa sexta-feira (24), no auditório da Escola Estadual de Ensino Profissional Eusébio de Queiroz, a Conferência teve com o tema “Saúde Pública de Qualidade para cuidar bem das pessoas – Direito do Povo Brasileiro”. O evento contou com a presença do prefeito Júnior, do secretário de Saúde, Mário Lúcio Ramalho, do ex-prefeito Acilon Gonçalves, além de profissionais e técnicos que compõem a Rede Municipal de Saúde.

O evento foi aberto com a apresentação musical de jovens que participam do projeto “Tocando a Vida”, na ONG Estação da Luz, que trabalha, com apoio da Prefeitura, na captação e formação de jovens talentos no município. A mesa dos trabalhos foi composta pelo prefeito Júnior, pelo ex-prefeito Acilon Gonçalves, pelo secretário Mário Lúcio, pela representante da Coordenadoria Regional de Saúde, Thais Helena e pelo representante do Conselho Estadual de Saúde, Marcos Gomes.

Em seguida, foi feito um minuto de silêncio pelo falecimento da servidora da Secretaria Municipal de Saúde, Neuma Barreto e do servidor da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), Carlos Alberto Nascimento. O prefeito Júnior abriu os trabalhos abordando o tema da Conferência, destacando que a Saúde é um direito do cidadão, “essa frase reúne todo o pensamento que temos com relação à Saúde”, afirma.

“Continuo dizendo que 90% dos tratamentos de saúde ocorrem quando o profissional escuta o paciente. Temos aqui no Eusébio, um sistema completo, no que se refere à atenção básica permanente e também ações referentes à atenção secundária. Isso, fazemos com afinco na busca de cuidar das pessoas. Peço isso a vocês, que escutem, que dêem atenção aos pacientes, que a cura vem como conseqüência”, observou.

O prefeito citou que, no Eusébio, existem vários equipamentos de saúde integrados, mas que a prefeitura não está satisfeita e, por isso, iniciou a construção do Centro Especializado em Reabilitação (CER), do CAPS Infantil e em breve colocará em prática a reforma do Hospital Municipal, a construção da Casa da Gestante e ainda de uma UTI Neonatal. “Queremos ainda, em um espaço de médio prazo, darmos inicio ao Centro de Imagens, complementando a rede de saúde”, asseverou;

Ele diz entender que a divisão das responsabilidades e deveres, com a saúde pública devem ser balanceados, com o município atendendo a atenção básica, o Estado a secundária e a União a terciária, mas o que vem acontecendo é que, a cada ano, os repasses federais e estaduais estão sendo reduzidos, “mas nós da gestão temos mantido o sistema funcionando. Mantemos uma Policlínica com 19 especialidades, exames complementares com recursos próprios e mantido o serviço secundário, a maior parte com recursos próprios e vamos continuar mantendo”, afirmou.

Disse que apesar de essa situação atual, as responsabilidades precisam ser trabalhadas, e nesse contexto, a conferência é importante para mudar a atual situação da saúde. “Vocês precisam levar daqui, propostas para a conferência estadual e nacional para mostrar essa questão que vivemos. Vocês são prova disso, pois sofrem no dia a dia, a falta de medicamentos. Estive com o secretário Henrique Javi onde ele mostrou a dificuldade que tem sobre a falta de recursos e a falta de entrega de medicamentos pelos fornecedores. Mas não vamos desistir, vamos continuar nessa luta”.

“Essa situação, no entanto, incomoda, porque oferecemos tratamento especializado, temos uma fila de cirurgias eletivas zeradas e um sistema universalizado funcionando, com a maior parte dos recursos sendo bancados por nós. Por isso, considero hoje não só uma solenidade, mas um dia de trabalho. Costumo dizer também que temos uma situação ideal, pois sabemos onde estamos e sabemos onde queremos chegar. Que vocês possam daqui extrair os subsídios que necessitamos para o Eusébio continuar sendo essa referência, com sustentabilidade”, complementou.

Já o ex-prefeito Acilon Gonçalves, focou na racionalização do sistema de saúde, propondo que a conferência discuta principalmente formas de garantir que o usuário tenha segurança de sempre ser atendido quando necessitar. Ele sustentou que o Eusébio tem um completo sistema de saúde e que a conferência deve discutir formas para que o paciente tenha atendimento pleno e jamais ele retorne para casa sem ser atendido. Citou ainda o trabalho da UPA, que é bancada somente pelo Eusébio, apesar de ser um equipamento compartilhado com a Prefeitura de Aquiraz. Falaram ainda Thais Helena representando a Coordenadoria Regional de Saúde e Marcos Gomes do Conselho Estadual de Saúde.

Durante a conferência “Saúde Pública de Qualidade para cuidar bem das pessoas – Direito do Povo Brasileiro”, ministrada pelo Secretário de Saúde de Eusébio, Mário Lúcio Ramalho, foi apresentado um histórico sobre as conferências de saúde no país. Mário Lúcio disse que essas instâncias foram iniciadas em 1941 e que até 1986 era somente nacional, com a participação apenas de técnicos. “A partir de 1986, começaram a participar delas um dos seus principais segmentos, que é a população”.

Mário Lúcio falou ainda sobre o que ele chamou de ataques ao Sistema Único de Saúde (SUS). O secretário citou iniciativas como: a Medida Provisória 86, que criou o orçamento impositivo, que poderá, de acordo com ele, retirar R$ 9 bilhões de reais do SUS; a lei 13.097 que abre o mercado brasileiro para a entrada de empresas estrangeiras no setor de saúde e a Proposta de Emenda a Constituição 491, de autoria do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que obriga as empresas a garantir a seus funcionários planos de saúde. “As medidas parecem excelentes, mas todas vão acabar retirando recursos dos Fundos de Saúde, e podem significar a ruína do SUS”, argumentou.

O secretário citou os avanços na saúde de Eusébio, “enquanto a maioria das secretarias municipais continua com a mesma estrutura, desde 2008, a Secretaria de Saúde passou de 250 funcionários para 700 e de um orçamento de R$ 1 milhão para mais de R$ 3 milhões, por mês. Isso significa investir na qualidade de vida da população”, revelou.

Ele afirmou que pessoas de outros municípios e até de outros estados estão procurando morar no município, devido a sua qualidade de vida e o seu sistema de saúde. Ele citou o exemplo de uma família oriunda do Rio de Janeiro, cujo filho pesquisou no País um lugar onde ele para poderia cuidar de sua mãe já idosa e o resultado foi o Eusébio. “Isso não é mera coincidência, é uma demonstração de que o que se fez aqui ao longo do tempo foi algo positivo, que hoje dá resultados. Isso não significa dizer que não existem problemas, sim eles existem, mas estamos atentos e em busca de solucioná-los. E essa conferência é um dos passos para que alcancemos essas melhorias tão desejadas”, finalizou.

 

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